EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ª VARA CÍVEL DO FORO DE   ........................

 

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FULANO DE TAL, (qualificação), portador da cédula de identidade RG n. ....................., expedida por SSP/SP, e inscrito no CPF/MF sob o n. .........................., residente e domiciliado nesta Capital, na Avenida ..................................., Vila ................, vem, muito respeitosamente, à presença de Vossa Exa., por seu procurador que esta subscreve (procuração em anexo, doc. 01), com fundamento nos artigos 5°, incisos V e X da Constituição Federal e ___ do Novo Código Civil Brasileiro, propor a presente,

 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS

 

em face de FULANO DE TAL, (qualificação), portador da cédula de identidade n° ......................., inscrito no CPF/MF sob o n° ......................, residente e domiciliado nesta Capital, na Rua ............................, Bairro ...........  CEP .............., pelas razões de fato e de direito que passa a expor:

I – DOS FATOS

............ Relatar os fatos

 

II - DO DIREITO

II.I – Dos danos morais

O dano moral é todo sofrimento que resulta de lesão de direitos que não sejam direitos de ordem patrimonial. Apresenta-se através da dor e sofrimento resultantes da violação de um bem juridicamente tutelado, sem repercussão patrimonial.

E o dano moral por estar presente no campo da subjetividade, atinge a honra do ser humano enquanto membro de uma sociedade organizada e advém de práticas que atentam contra a sua personalidade, proporcionando sentimento de dor, vergonha, humilhação etc.

O professor Limongi França afirma:

Para que o dano moral seja indenizável não é necessário que tenha havido prejuízo econômico, o qual por si é indenizável. Mas, deve-se lembrar que a moral é também um patrimônio e dos mais valiosos” (Repertório IOB de Jurisprudência, verbete n° 3/209, pg. 375, 12/88 –comentários à apelação civil AP n° 36.401-1 – TJSP).

A indenização moral, indiscutivelmente, é parte integrante do nosso sistema jurídico, foi abraçada pelo nosso Direito de forma definitiva, tratada na Magna Carta como direito fundamental de todo cidadão. AssimConstituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, incisos V e X, que respectivamente rezam:

Inciso V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

Inciso X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

                       E o Código Civil no artigo 186 dispõe que:

Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

O Dano moral in casu é patente, pois o Requerente ................

Neste sentido, afirma Carlos Roberto Gonçalves em seu livro Responsabilidade Civil, 6º edição, 1995 que:

Ação ou omissão: infração a um dever: O elemento objetivo da culpa é o dever violado. Para Savatier, culpa é a inexecução de um dever que o agente podia conhecer e observar. Clóvis Beviláqua, ao conceituar a culpa, põe em relevo o seu elemento objetivo:Culpa, em sentido lato, é toda violação de um dever jurídicoPara Rabut, “o estudo da jurisprudência não permite dúvida alguma sobre a existência de um primeiro elemento da culpa: ela supõe a violação de um dever anterior”.

Através do instituto do Direito, o sofrimento, causado por alguém, deve ser indenizado, e, conforme os fatos acima narrados, o Requerente, autor da presente ação, faz por merecer a indenização de danos morais.

O entendimento jurisprudencial aponta neste sentido, ou seja, todo mal, quer físico ou moral causado a outrem, deve ser indenizado:

DANO MORAL PURO. CARACTERIZAÇÃO “Sobrevindo, em razão de ato ilícito, perturbação nas relações psíquicas, na tranqüilidade, nos sentimentos e nos afetos de uma pessoa, configura-se o dano moral, passível de indenização”. Recurso especial conhecido e provido. RECURSO ESPECIAL N.º 8.768, Rel. Min. Barros Monteiro, 06/04/1992 p. 04499.

E no caso em questão, está evidente que ............

Portanto, está evidente que o Requerente sofreu um grande abalo emocional com a atitude do Requerido, o que lhe causou sérios transtornos de ordem não apenas moral como também material.

E a jurisprudência está sedimentada no sentido de que ocorrendo um prejuízo à moral o dano deve ser ressarcido. A vítima ao ser indenizada, deve sentir-se moralmente satisfeita, com a sensação de que “a justiça foi feita”, ainda que não seja pelo valor pecuniário, mas pelo reconhecimento da lesão ocorrida.

 

II.II – Danos materiais

Os danos materiais estão caracterizados nos prejuízos sofridos pelo Requerente (colocar as razões)

.............

Conclui-se, portanto, que estão presentes todos os elementos para o deferimento do pedido do Requerente, pois em vista dos fatos acima narrados tem-se evidente que o Requerido ................

 

II.III – Do valor da indenizaçãodano moral

Embora no ordenamento jurídico exista controvérsia referente ao quantum a ser fixado para o ressarcimento dos danos morais, é de fundamental importância que o juiz se atenha profundamente na análise e nas questões relativas ao fato.

..............

Assim entendeu a nossa jurisprudência;

AÇÃO DE INDENIZAÇÃODano moralFixação do quantum da indenização que deve ser apta para servir como elemento de coerção destinado a frear o ânimo do agressor, impedindo a recidiva”. Ap. 57.439-4 – 3ª T. – j. 29.04.1998 – rel. Dês. João Brandes  Garcia.

Os atos praticados pelo Requerido em razão de sua ação e omissão ..............  são motivos consideráveis que podem nortear o nobre Magistrado a fixar um valor razoável quer pela reparação dos danos quer como punição do pelos danos morais pelo Requerente sofridos.

Dessa forma, a indenização pelos prejuízos de ordem emocional, afetiva e pessoal, desencadeados no Requerente, devem ser fixados na quantia de R$ .............. (valor por extenso), o que equivale ao dobro do dano material sofrido pelo Requerente.

Com efeito, a indenização por danos morais não deve ser analisada apenas pelo aspecto do quantum indenizatório, deve ser entendida mais como forma de satisfação moral e psicológica de ver um direito reconhecido, ainda que a compensação financeira seja insignificante.           

Nesse sentido a jurisprudência pátria se manifestou:

“A indenização por dano moral não tem o objetivo de reparar a dor, que não tem preço, mas de compensá-la de alguma forma, minimizando os sofrimentos do beneficiário, devendo o julgador agir com bom senso, de acordo com as particularidades de cada caso. O valor não deve ser baixo a ponto de ser irrelevante para o condenado e nem alto de modo a proporcionar o enriquecimento sem causa do beneficiado”. Resp 65.112-3 – 1ª T. – j. 17.08.1999 – rel Des. Atapoã da Costa Feliz

 

II.III – Do valo da indenizaçãodano material

Para fixar o quantum indenizatório para os danos materiais, o magistrado deve ter como parâmetro os prejuízos sofridos pelo Requerente em todo o período em que poderia ter ....................

.................

Nesse contexto, o Requerido deve indenizá-lo na quantia de R$ ....................... (valor por extenso), a título de indenização pela .....................

O entendimento doutrinário e jurisprudencial, em função dos fatos acima demonstrados, assim tem-se manifestado:

Súmula 37 do STJ menciona que:

São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato”.

 

III – DO PEDIDO

Face ao exposto, requer à Vossa Excelência:

a) a citação do Requerido, com os benefícios previstos no art. 172, § 2o do CPC para, querendo, oferecer contestação e acompanhar o feito até final decisão, sob pena de revelia e confissão;

b) a procedência da ação, com a condenação do Requerido no pagamento referente indenização aos danos morais cumulados com os danos materiais nas quantias acima mencionadas, com acréscimo de juros e correção monetária, na forma da lei;

c) condenação nas custas e despesas processuais e honorários advocatícios na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação e demais cominações legais.

d) os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, por ser o Requerente uma pessoa pobre, na acepção jurídica do termo, sem condições de pagar as custas do processo sem prejuízo de seu próprio sustento e o de sua família, nos termos do disposto no art. 4o da Lei 1.060/50, com nova redação dada pela Lei n. 7.510/86, e art. 1o, §§ 2o e 3o da Lei n. 5.478/68.

 

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, em especial juntada de documentos novos, oitiva de testemunhas, depoimentos pessoais e prova pericial.

 

Dá-se à causa para efeitos de custas e alçada o valor de R$ ..................... (por extenso).

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local e data

 

Advogado

OAB/SP

 

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